segunda-feira, 26 de outubro de 2020

[1A /B/D - Aula 14 - Recuperando: Arte Barroca / Arte Medieval]

 Olá queridos !

Segue uma leitura pra retomar o conteúdo do Simulado de recuperação !!

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O Barroco : uma arte emocional...

A Ceia de Emaús (1601), de Caravaggio
 O Barroco é um estilo que dominou a arquitetura, a pintura, a literatura e a música na Europa do século XVII.

Por isso, toda a cultura desse período, incluindo costumes, valores e relações sociais, é chamada de "barroca".

Essa época surgiu no final do Renascimento e manifestava-se através de grande ostentação e extravagância entre os grupos beneficiados pelas riquezas da colonização.

Primeiro, foi desenvolvida na Itália e logo se espalhou por outros países da Europa. Tinha como principal característica temas religiosos. Além disso, foi responsável por revolucionar os pensamentos sobre arte naquela época.

Narciso (Caravaggio) - 1597–1599
A arte barroca conseguiu se casar à técnica avançada e o grande porte da Renascença com a emoção, a intensidade e a dramaticidades do Maneirismo, fazendo do estilo barroco o mais suntuoso e ornamentado na história da arte.

Embora o termo Barroco seja às vezes usado no sentido negativo de super elaboração e ostentação, o século XVII não só produziu gênios excepcionais, como Rembrandt e Velásquez, mas também expandiu o papel da arte para a vida cotidiana.

Artistas chamados de barrocos acorreram à Roma, vindos de toda a Europa, para estudar as obras primas da antiguidade clássica e da Alta Renascença. Voltando à terra de origem, acrescentaram às suas obras as particularidades culturais de cada região.

Enquanto os estilos abrangiam desde o realismo italiano ao exagero francês, o elemento comum era a sensibilidade e o absoluto domínio da luz para obter o máximo impacto emocional.

As obras barrocas romperam o equilíbrio entre o sentimento e a razão ou entre a arte e a ciência, que os artistas renascentistas procuraram realizar de forma muito consciente; na arte barroca predominam as emoções e não o racionalismo da arte renascentista.

É uma época de conflitos espirituais e religiosos. O estilo barroco traduz a tentativa angustiante de conciliar forças antagônicas: Bem e Mal, Deus e Diabo, Céu e Terra, Pureza e Pecado, Alegria e Tristeza, Paganismo e Cristianismo, Espírito e Matéria.

Suas características gerais são:

  • Emocional sobre o racional; seu propósito é impressionar os sentidos do observador, baseando-se no princípio segundo o qual a fé deveria ser atingida através dos sentidos e da emoção  e não apenas pelo raciocínio.
  • Busca de efeitos decorativos e visuais, através de curvas, contracurvas, colunas retorcidas;
  • Entrelaçamento entre a arquitetura e escultura;
  • Violentos contrastes de luz e sombra;
  • Pintura com efeitos ilusionistas, dando-nos às vezes a impressão de ver o céu, tal a aparência de profundidade conseguida.

Arquitetura Barroca... 

Palácio de Versalles (Paris)

Possui arquitetura dinâmica. O barroco não renega as formas clássicas – colunas, arcos, frontões, frisos – mas transforma-os de uma maneira fantasiosa e subjetiva.

O barroco amava o movimento, a curvatura das fachadas tornou-se num dos motivos característicos da arquitetura desse período.

A procura de formas complicadas, como por exemplo, a cúpula da igreja de São Lourenço, em Turim  na Itália, seu entrelaçar de arcos (talvez inspirados nos exemplos árabes) leva até quase aos limites uma forma complicada, mas com base em regras bem definidas.

Outro aspecto peculiar da arte barroca é a importância do uso da luz. Para a arquitetura barroca, a luz é um elemento fundamental. Os fortes contrastes entre partes vivamente iluminadas e partes quase na escuridão, são típicos dos edifícios da época e contribuem para dar dramaticidade à atmosfera.


O barroco na França assume características mais sóbrias do que na Itália. Os arquitetos franceses lançaram as bases para um estilo autônomo mais comedido, quase clássico, que se impôs pouco a pouco como o estilo dominante na Europa.

O palácio de Versalhes talvez não seja a sua expressão máxima. A fachada do lado do jardim revela um único fator de movimento: as três pequenas galerias sobrepostas, em dois planos, à própria fachada. O recorte do palácio foi pensado, mais do que como fim em si mesmo, mas como pano de fundo para o imenso parque.

Na Áustria e na Alemanha, o barroco tanto se inspirou nos exemplos franceses como nos italianos. Dois exemplos: o palácio de Schonbrunn, em Viena segue mais o estilo francês e por sua vez a igreja Karlskirche, também em Viena acompanha mais o estilo italiano.


O barroco espanhol traz uma arquitetura repleta de ornamentações, enquanto que o francês é sóbrio e imponente. Um exemplo clássico desse estilo é a Igreja de São Tiago de Compostela.

Porém, a arquitetura barroca não se limitou aos edifícios, também alargou sua atenção aos novos campos de ação: estradas, praças e jardins. O que hoje chamamos de urbanismo. Era uma evolução que fazia parte intima do espirito do tempo, muito teatral. Por outro lado, a capacidade técnica dos mestres barrocos estava à altura de dominar os novos e complexos temas. A praça de São Pedro, em Roma, de autoria de Gian Lorenzo Bernini, é o exemplo mais conhecido do aspecto urbanístico do barroco.

E não podemos deixar de citar a fusão de diversas artes que é típico da arquitetura barroca, como: obeliscos egípcios, as fontes, as colunas adaptadas a esse estilo, as escadarias grandiosas e com aspecto de cenário, a pintura das paredes com salões com cenas arquitetônicas e naturalistas que simulam a continuação, até o infinito, da arquitetura real e as galerias – largo corredor coberto que desimpede as salas e se transformam em lugar de particular elegância.

 Pintura Barroca...

É importante destacar na arte barroca o dualismo, a riqueza de detalhes e o exagero. Seu caráter realista e detalhista tem a capacidade de mexer com o emocional do espectador.

Os aspectos realistas desse estilo podem ser observados na pintura, onde nota-se um contraste de claro e escuro, intensificando a noção de profundidade. Além disso, o jogo de luz conduz o olhar do espectador à cena principal.

As características da pintura barroca são:

  • Composição assimétrica, em diagonal – que se revela num estilo grandioso, monumental, retorcido, substituindo a unidade geométrica e o equilíbrio da arte renascentista;
  • Acentuado contraste de claro-escuro (expressão dos sentimentos) – era um recurso que visava a intensificar a sensação de profundidade;
  • Realista, abrangendo todas as camadas sociais;
  • Escolha de cenas no seu momento de maior intensidade dramática;
  • A decoração em “trompe l’oeil”.

Dos principais pintores, temos:

Caravaggio (1571-1610) foi o pintor mais original do século XVII, veio injetar vida nova na pintura italiana após a artificialidade do Maneirismo. Conduziu o realismo a novas alturas, pintando corpos em estilo absolutamente “barra pesada”, em oposição aos pálidos fantasmas maneiristas. Desse modo, Caravaggio secularizou a arte religiosa, fazendo os santos parecer gente comum e os milagres, eventos do cotidiano. Embora se especializasse em grandes pinturas religiosas, Caravaggio defendia a “pintura direta” da natureza – ao que parece diretamente dos cortiços mais sórdidos. Na obra, ”Chamado de São Mateus”, por exemplo, o futuro apóstolo está numa taverna escura, cercado de homens chiques contando dinheiro, quando Cristo ordena: “Siga-me”. Um foco de luz diagonal ilumina a expressão aterrada e o gesto de perplexidade do coletor de impostos. Caravaggio usa a perspectiva de modo a trazer o espectador para dentro da ação.
Judite e Holofernes - Caravaggio (1598 e 1599)
 
 

Diego Velázquez (1599-1660) pintor espanhol, batizado de Diego Rodriguez da Silva y Velázquez, além de retratar as pessoas da corte espanhola do século XVII, procurou registrar em seus quadros também os tipos populares do seu país, documentando o dia-a-dia do povo espanhol num dado momento da história. Usava os princípios da pintura barroca, como os efeitos luminosos são usados – não através de contrastes ásperos, mas sim com uma continua e gradual mudança de intensidade nas várias zonas da tela – para fazer da composição um jogo de anotações coloristas simbólicas, escondidas atrás de uma aparência de absoluta adesão ao tema.


As Meninas (Velazquez) - 1656

Rembrandt (1606-1669), holandês, nascido Rembrandt van Rijn, teve grande sucesso como pintor de retratos, mas sua fama também repousa  nos quadros sérios, introspectivos, de seus últimos anos, pinturas em que o sombreado sutil implica uma extraordinária profundidade emocional. O que dirige nossa atenção nos quadros deste pintor não é propriamente o contraste entre luz e sombra, mas a gradação da claridade, os meios-tons, as penumbras que envolvem áreas de luminosidade mais intensa. Rembrandt evoluiu dos pequenos detalhes para figuras de tamanho grande, pintadas com grandes borrões de tinta. Ele praticamente entalhava o pigmento, espalhando com a espátula uma pasta pesada espessa e desenhando na camada de tinta malhada com o cabo do pincel. O efeito é uma pintura irregular que cria um brilho ao refletir e difundir a luz, enquanto as zonas escuras levam uma fina camada vidrada para realçar a absorção da luz.
A Lição de Anatomia do Dr. Tulp (Rembrandt) - 1632
 

 Escultura Barroca... 

Morte do Beato Ludovica Albertoni, da Capela Altieri, 1674 (mármore)

A primeira preocupação dos escultores barrocos é de se fundirem nas outras artes. Na realidade, nestas obras não se conseguem separar os dois aspectos: o conjunto é claramente arquitetônico, mas o papel principal foi confiado às estatuas. As esculturas barrocas já não são concebidas segundo esquemas geométricos, mas sim combinando movimentos, soltos e vivos, das figuras.

Suas características são: o predomino das linhas curvas, dos drapeados das vestes e do uso do dourado; e os gestos e os rostos das personagens revelam emoções violentas e atingem uma dramaticidade desconhecida no Renascimento.

 

Gianlorenzo Bernini (1598-1680) foi mais que um escultor do período barroco. Foi também arquiteto, urbanista, decorador, teatrólogo, compositor e cenógrafo.  Algumas de suas obras serviram de elementos decorativos das igrejas, como, por exemplo, o baldaquino e a cadeira de São Pedro, ambos na Basílica de São Pedro, no Vaticano.

 

O Êxtase de Santa Teresa - Gianlorenzo Bernini - 1647–1652

Cultura barroca a mais...

Barroco é uma palavra originada de termo usado para classificar uma pérola irregular. No fim do século XVIII, a palavra começou a ser utilizada para classificar o estilo artístico imediatamente anterior de forma pejorativa, como algo extravagante e desarmônico. Hoje, o Barroco é considerado um mundo cultural complexo, que não só se apropria das formas clássicas com critérios e objetivos novos, como também faz parte de um sistema de vida e pensamento que detém coerência própria.

Com o barroco, veio juntar-se um novo gênero de pintura aos tradicionais, o da natureza morta, composição mais ou menos complexa com objetos da vida cotidiana: flores, livros, peças de caça e outros. É uma pintura de estúdio, de interior, na qual a representação pormenorizada do tema através das luzes e das sombras encontra o seu campo de aplicação máxima. Caravaggio é um representante importante desse tipo de pintura, assim como Jan Brueghel, o Velho e Francisco de Zurbarán.

Caravaggio teve muitos seguidores, entre estes encontra-se a italiana Artemisia Gentileschi (1593-1653) a primeira mulher a ser conhecida e apreciada como pintora. Artista extremamente talentosa, que viajava para muitos lugares e tinha uma vida cheia e independente, coisa rara para uma mulher naqueles tempos. Gentileschi pintou temas feministas no estilo de Caravaggio, jogando a iluminação nas figuras principais contra um fundo escuro, quase liso.

 

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ARTE MEDIEVAL  


 
A arte medieval foi desenvolvida entre os séculos V e XV, na Europa, durante o período da Idade Média. Inserida em um contexto onde a Igreja Católica exercia grande influência, a arte medieval era essencialmente religiosa.

Sob a influência do clero católico, a arte medieval tinha o intuito de aproximar as pessoas da religiosidade. Suas principais produções foram no campo da arquitetura, da pintura e da escultura.

A arte medieval se desenvolveu em um momento que a Igreja Católica influenciava, supervisionava e filtrava todas as produções científicas e culturais. Portanto, teve uma forte marca temática religiosa, com a construção de templos, igrejas, mosteiros e palácios.

Quando aplicamos nos estudos da linha cronológica da Arte, dividimos este período em: Paleocristã, Bizantina, Românica e Gótica

A maioria das obras de arte do período medieval não tem autoria definida. Esse fato deve-se ao aspecto religioso predominante no período, no qual o clero medieval pregava que o verdadeiro autor das obras era Deus, que, por meio dos seres humanos, expressava suas ideias e vontades.

Contexto da arte medieval

A desestruturação do Império Romano do Ocidente contribuiu para uma transformação radical na vida cultural dos povos europeus. Com o tempo, os costumes romanos e germânicos se fundiram e deram origem ao feudalismo.

No mundo feudal, os mosteiros e as abadias se tornaram os principais centros de produção cultural. Os aspectos sociais, econômicos, políticos, religiosos e culturais da sociedade passaram a ser influenciados pela Igreja Católica.

Marcada pelo teocentrismo (Deus como centro do universo), a cultura medieval foi a mais pura expressão da fé. A religião, o temor a Deus e o medo do Juízo Final, permearam a história medieval na Europa.

Os mosteiros e as igrejas eram centros difusores da religiosidade da época. Esses locais possuíam relíquias de santos e, alguns deles, se tornavam locais de peregrinação. Assim, as catedrais foram importantes centros de produção e preservação cultural entre os séculos V e XV.

Durante a Idade Média, as pessoas mais instruídas pertenciam à Igreja Católica, que controlava grande parte das atividades artísticas, literárias e intelectuais da época. Assim, a Igreja detinha o controle da leitura e da escrita como uma forma manter seu poder e impedir que as pessoas pensassem diferente de seus dogmas.

Nesse contexto, surgiu arte na sociedade medieval, que teve dois polos dinamizadores da cultura: o feudalismo e a religião. Assim, a arte medieval serviu a majestade do poder temporal e religioso, sendo feita para honorificar ambos.

Característica estilos da arte medieval

As principais produções artísticas do período medieval se deram no campo da arquitetura, pintura e escultura. Entre as realizações desse período, destacam-se a construção de igrejas. Dois estilos artísticos predominaram na arte medieval: o românico e o gótico.

As construções em estilo românico se desenvolveram nos séculos X, XI e XII. Suas principais características foram: arcos redondos, paredes baixas e grossas, grandes colunas, janelas pequenas e interior pouco iluminado.

Já as construções em estilo gótico predominaram do final do século XII ao século XV. Elas se caracterizaram por arcos em formato ogival, janelas maiores, paredes altas e interior iluminado.

A pintura da arte medieval, geralmente, retratava figuras religiosas e eram feitas para ilustrar os manuscritos e murais. Na escultura se utilizava metal, marfim e pedra para esculpir as imagens que decoravam o interior dos templos.
Portanto, o predomínio religioso transforma o que chamamos de Arte Medieval também em um período conhecido como Idade da Fé.


 Boa sorte pro'cês !

[Prof. rafa.]


 

[2A - Aula 12 - Recuperando (Assunto: Arte Contemporanea/Arte Moderna)

 ...e ae pessoas ! Bom pro'cês?

Então, bora recuperar o tempo perdido !!!

Segue um textinho resumido pra ajudar um pouquinho no simulado de recuperação !!

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ARTE CONTEMPORÂNEA...

A arte contemporânea é uma tendência que originou-se como desdobramento - e superação - de manifestações artísticas modernas. Por conta disso, pode ser chamada também de arte pós-moderna.

Surgida na segunda metade do século XX, essa vertente constitui uma nova forma de produzir e apreciar arte, sendo produzida até os dias de hoje.

Mais preocupada em aliar a vida cotidiana ao universo artístico, a arte contemporânea tende a unir diferentes linguagens.

A artista contemporânea Yayoi Kusama, de origem nipônica, posa em frente a uma de suas obras

...e arte contemporânea conta que...

...começa a dar frutos a partir de movimentos como a pop art e o minimalismo, que tiveram como solo fértil os EUA na década de 60.

Nesse momento, o contexto que se vivia era do pós-guerra, do desenvolvimento tecnológico e do fortalecimento do capitalismo e da globalização.

Assim, a indústria cultural, e consequentemente a arte, sofreram grandes transformações que deram as bases para o surgimento do que hoje chamamos de arte contemporânea.

Esse novo fazer artístico começa a valorizar mais as ideias e o processo artístico em detrimento da forma final ou do objeto, ou seja, os artistas passam a buscar o estímulo a reflexões sobre o mundo e sobre a própria arte. Além disso, empenham-se em aproximar a arte da vida comum.

Nesse sentido, a pop art com seus expoentes Andy Warhol, Roy Lichtenstein e outros artistas, cria um cenário cultural propício para a arte contemporânea.

A pop art pode ser considerada um "estopim" para arte contemporânea. Aqui, obra de Andy Warhol, Marilyn Monroe (1962)

Isso porque essa vertente via na cultura de massas seu suporte fundante, utilizando histórias em quadrinhos, publicidade e até mesmo celebridades como material de criação, aproximando o público do universo artístico.

Da mesma forma, o minimalismo e pós-minimalismo (no fim dos anos 50 e nos anos 60) oferecem a oportunidade para se pensar a união entre linguagens como a pintura e a escultura, assim como a utilização do espaço de maneira inovadora, seja ele o ambiente da galeria, os espaços públicos urbanos ou em meio à natureza.

Posteriormente, novos desdobramentos ocorreram e possibilitaram o surgimento de outras formas de expressão, como performances, videoarte, instalações e outras.

CARACTERÍSTICAS...

A arte contemporânea, por estar inserida em um mundo com grande fluxo de informações e inovações tecnológicas e midiáticas, se utiliza desses recursos como forma de comunicação.

Além disso, quebra as barreiras no que diz respeito às linguagens da arte, unindo tipos diversos de fazer artístico em uma obra, afastando-se dos suportes tradicionais.

Essa é uma tendência que valoriza a aproximação entre a arte e a vida, muitas vezes trazendo reflexões de âmbito coletivo, aliando política e imaterialidade. Traz ainda novas personagens e assuntos, como por exemplo a questão racial, patriarcado, questões de sexualidade e gênero, desigualdades e outras.

Herdando o espírito contestador dos dadaístas, a arte contemporânea tem ainda a preocupação de investigar a si mesma, carregando indagações sobre conceitos artísticos e fomentando a velha pergunta "Afinal, o que é arte?".

Outra característica interessante é a valorização da interação entre o público e a obra, muitos artistas optam por caminhos em que buscam proporcionar uma experiência única nas pessoas que entram em contato com as obras.

Arte Contemporânea no Brasil

Normalmente as novas vertentes artísticas tendem a aparecer no Brasil depois de certo tempo em que já estão ocorrendo em outros lugares, como Europa e EUA, basicamente. Entretanto, no caso da arte contemporânea, esse espaçamento de tempo não foi tão grande.

Em terras brasileiras, pode-se dizer que esse tipo de arte tem início com os neoconcretistas, que fundam um Manifesto Neoconcreto em 1959. Os responsáveis pelo documento foram Amilcar de Castro (1920-2002), Ferreira Gullar (1930-2016), Franz Weissmann (1911-2005), Lygia Clark (1920-1988), Lygia Pape (1927-2004), Reynaldo Jardim (1926-2011) e Theon Spanudis (1915-1986).

Obra integrante da série Bichos, de Lygia Clarck, produzida entre 1960 e 1964

Outro nome fundamental para a arte contemporânea nacional é Hélio Oiticica (1937-1980), que ganhou inclusive projeção fora do país.

Um grande momento também de efervescência da arte brasileira contemporânea foi marcado pela exposição Como vai você, Geração 80?, realizada no Rio de Janeiro, no Parque Lage em 1984.

A mostra reuniu 123 artistas e teve como objetivo mapear produções variadas da época. Participaram artistas que se tornaram referências, como Alex Vallauri (1949-1987), Beatriz Milhazes (1960), Daniel Senise (1955), Leda Catunda (1961) e Leonilson (1957-1993).

As Bienais Internacionais de São Paulo são também grandes centros culturais que apontam resultados e experimentações no território artístico brasileiro.

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ARTE MODERNA NO BRASIL

A estudante russa (1915), de Anita Malfatti.
Uma das primeiras pinturas modernistas no Brasil


No Brasil, o movimento modernista surgiu posteriormente às vanguardas europeias. Aqui, o período decisivo para sua consolidação foi a década de 20, com a Semana de Arte Moderna. Entretanto, já havia artistas realizando obras com características modernas alguns anos antes.

HISTÓRICO


O que o país vivia no início do século XX era de crescimento, progresso, industrialização e a chegada de muitos imigrantes, que vinham de diversas partes do mundo para reconstruir a massa trabalhadora depois da abolição da escravatura.

Era um momento de fortalecimento do capitalismo e portanto os conflitos sociais também se acirravam. Houve, por exemplo, greves de imigrantes operários organizados por movimentos anarquistas em busca de melhores condições de vida.

Assim, começa a surgir a necessidade de um novo tipo de arte que transmita os anseios vigentes e as esperanças no futuro.

Bananal (1927), de Lasar Segall

Paralelamente a isso, já ocorria na Europa uma busca pela experimentação e ruptura das tradições. Então, alguns artistas brasileiros entraram em contato com essa agitação em terras estrangeiras e trouxeram um frescor artístico e o empenho em implementar uma arte nova por aqui, com inspiração nas vanguardas europeias.

Nomes essenciais nesse momento foram Lasar Segall (1891-1957) e Anita Malfatti (196-1964), que podem ser considerados os precursores da arte moderna no país, realizando exposições ainda nos anos 10.

Importante dizer que a arte de Anita foi duramente criticada e mal compreendida por boa parte da intelectualidade brasileira, sobretudo por Monteiro Lobato. Já Lasar Segall, por ser de origem estrangeira (Lituânia), não sofreu grandes críticas.

SEMANA DE ARTE MODERNA

 Com toda essa movimentação, outros artistas também estavam explorando novos rumos na arte e na literatura.

Assim, eles decidem organizar uma espécie de "festival", onde apresentam suas mais novas produções. Dessa forma nasce a "Semana de Arte Moderna", ou "Semana de 22", como também ficou conhecida.

Caderno de apresentação da Semana de Arte Moderna de 1922

O evento fez parte das comemorações dos cem anos de independência do Brasil, em 1922, e foi realizado no Theatro Municipal de São Paulo, de 13 a 18 de fevereiro desse mesmo ano.

A intenção dos artistas era trazer novidades e desafiar os padrões vigentes da arte, ainda muito conservadora e atrelada aos valores do século XIX.

Os Modernistas - registro de 1922

Essa foi uma mostra que exibiu aproximadamente 100 obras de arte e contou com apresentações literárias e musicais. A ideia da Semana, na realidade, foi inspirada pelo evento francês Semaine de Fêtes de Deauville e contou com o apoio de Paulo Prado, um mecenas que conseguiu suporte financeiro com barões do café.

 



PRINCIPAIS REPRESENTANTES DA ARTE MODERNA NO BRASIL:

Foram vários os artistas que contribuíram para para a consolidação da arte moderna no Brasil, tanto nas artes plásticas quanto na literatura. Além dos pintores Anita Malfatti e Lasar Segall, que já estavam à frente nesse tipo de arte, tivemos:



Di Cavalcanti (1897-1976) - pintor, ilustrador, escritor e gravurista. Foi uma figura essencial para a realização da Semana de 22, considerado o grande idealizador.
Vicente do Rego Monteiro
(1899-1970) - O pintor é um dos primeiros a explorar a estética cubista com temas característicos do Brasil, como mitos indígenas.
Victor Brecheret
(1894-1955) - um dos maiores nomes da escultura no Brasil. Teve influência de Auguste Rodin e suas obras tinham elementos expressionistas e cubistas.

Tarsila do Amaral (1886-1973) - pintora e desenhista. Não participou da Semana de Arte Moderna porque estava na França participando de uma exposição. Entretanto, teve papel fundamental no movimento modernista denominado Antropofagia.
Manuel Bandeira
(1886-1968) - escritor, professor e crítico de arte. Sua produção literária trazia inovações na forma de se expressar e à principio questionava os poetas parnasianos. O poema Os sapos foi declamado na Semana de Arte Moderna.
Mario de Andrade
(1893-1945) - escritor marcante da primeira geração de modernistas no Brasil. Sua produção valorizava a identidade e cultura nacional.


Oswald de Andrade (1890-1954) - escritor e dramaturgo. Uma das figuras centrais no modernismo literário, com um estilo irreverente e ácido, revisitando as origens do Brasil de forma questionadora.
Graça Aranha
(1868-1931) - escritor e diplomata. Ajuda a fundar a Academia Brasileira de Letras e tem papel fundamental na Semana de Arte Moderna.

Menotti Del Picchia (1892-1988) - escritor, jornalista e advogado. Em 1917 publica o romance Juca Mulato, sua obra prima, considerada pré-modernista. Participa em 1922 da Semana de Arte Moderna, coordenando a segunda noite do evento.


Villa Lobos (1887-1959) - compositor e maestro. Um dos maiores músicos brasileiros, com grande reconhecimento internacional também. Sua estreia foi na Semana de Arte Moderna, onde sua obra não foi compreendida pelo público.
Guiomar Novaes
(1895-1979) - pianista. Também participou da Semana de 22 e foi rechaçada na época. Entretanto construiu forte carreira no exterior e foi uma grande propagadora da música de Villa Lobos.

 BOA SORTE !

Bjo pro'cês...

[Prof. rafa.]

 

[3B - Aula 13 - Recuperando (Assunto: Teatro Brasileiro)

 ...e ae pessoal !

Vamos a uma rápida retomada sobre o início do conteúdo "TEATRO", dando uma mãozinha pra vocês responderem o simulado de recuperação !!!!

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ARTE GREGA - O TEATRO
Tópico de pesquisa: ARTE GREGA


O teatro na antiguidade foi uma das formas mais ricas de arte.
O Teatro Grego foi uma manifestação artística muito importante no desenvolvimento da cultura grega e, além disso, serviu de influência e inspiração para outros povos da antiguidade, sobretudo, os romanos.

Vale lembrar que o termo teatro (theatron), do grego, significa “local onde se vê” ou “lugar para olhar”.

Tem impulso na Grécia Antiga, por volta do século V. a.C, onde havia o costume dos cultos e oferendas aos deuses gregos. Com função social e cívica, o teatro e suas representações estavam associadas às festividades religiosas, sobretudo, às celebrações que saudavam o deus Dionísio.
Com celebrações que duravam seis dias, nas festas dionisíacas havia procissões e ditirambos. Os ditirambos eram cantos líricos entoados com o auxílio de fantasias e máscaras. Pouco depois essas manifestações evoluíram para a forma de representação inteiramente cênica, dando origem ao teatro.

As mulheres não faziam parte do teatro grego, pois não eram consideradas cidadãs das polis (cidades gregas). Portanto, todos os papéis dos espetáculos eram apresentados pelos homens. Uma das características principais do teatro grego eram as máscaras, instrumento indispensável ao figurino.

 As máscaras do teatro grego possuíam diversas expressões faciais.
Normalmente confeccionadas com materiais rústicos, nem sempre confortáveis.

A Grécia Antiga conheceu o apogeu do teatro após a reconstrução da cidade foi reconstruída, quando o teatro passou a desempenhar um papel importante na cultura local e no orgulho cívico.
Os principais temas das peças teatrais gregas eram: ligadas ao cotidiano, fatos heroicos, problemas emocionais e psicológicos, lendas e mitos, homenagem aos deuses gregos, fatos heroicos e críticas aos políticos.

 Arquitetura teatral grega
 
1. OS PRIMEIROS TEATROS GREGOS
 
Os teatros gregos eram situados ao ar livre, em locais com uma boa acústica e divididos em áreas. As áreas que formavam o teatro eram: plateia, área da orquestra, o cenário e proscênio.

A plateia era formada por bancos de madeira, que mais tarde foram substituídos por bancos de pedra. A área da orquestra era a área onde o coro realizava a sua interpretação, era circular em terra batida ou com lajes de pedra situada no centro das bancadas.

Teatro de Epidauro (Argólida, Grécia). Foto: PitK / Shutterstock.com


Havia também o cenário, formado por uma estrutura que tinha função inicial de servir como local onde os atores trocavam a roupa. O cenário ficava atrás da orquestra e, posteriormente, passou a representar a a fachada de um palácio ou de um templo. Na frente do cenário ficava o proscênio, onde os atores se apresentavam.

O teatro vinha a representar, dentro da sociedade grega, um meio cultural de participação na vida social dos cidadãos gregos.

Entre os teatros gregos mais importantes estão: o Teatro de Epidauro, o Teatro de Dodona, o Odeon de Herodes Ático, o Teatro de Delfos, o Teatro de Segesta, o Teatro de Siracusa e o Teatro de Dionísio.

 Teatro de Herodion (Atenas, Grécia). Foto: Anastasia Fragkou / Shutterstock.com

2. MÁSCARAS - O ELEMENTO ESSENCIAL

Acessório fundamental do figurino dos atores, valendo salientar que não existiam atrizes, visto que as mulheres não participavam destas encenações por não serem consideradas cidadãs, logo as máscaras estavam direcionadas para ambos os sexos.

  
3. GÊNEROS TEATRAIS DA GRÉCIA ANTIGA

Os gêneros do teatro grego da época se dividiam em:

3.1 Tragédia

Esmiuçando a denominação grega, tragédia decorre de tragoedia: tragos (bode) + oidé (canção), significando literalmente “canção do bode”. Esse nome peculiar vem das celebrações gregas de Cato ao Bode, no qual um bode era sacrificado como oferenda aos deuses.
A tragédia é um gênero bem arcaico e antigo, o qual tem como base as histórias trágicas, com cunho que faz o público transitar entre a piedade e o terror, com um final dito trágico, não bem-sucedido.

 Cena de tragédia interpretada nos dias atuais

As tragédias são geralmente desenroladas em cinco atos com as personagens sendo em sua maioria deuses, reis e heróis.
Os júris encenados nas tragédias eram formados por cinco pessoas da aristocracia.




3.2 Comédia

 

A palavra comédia vem do grego komoidia, que quer dizer espetáculo engraçado, baseado em sátiras, ironias, comicidade.
O júri neste caso da comédia não é da aristocracia. No caso, são selecionadas três pessoas da plateia.
A comédia pode ser vista como um gênero teatral de representação dos fatos cotidianos, representado por cidadãos menores em relação aos da tragédia, considerados superiores.


  4. AUTORES DO TEATRO GREGO

Apesar de ter registrados vários autores na época em que viveu o seu auge, apenas quatro autores do teatro grego tiveram suas peças reconhecidas integralmente.
No gênero tragédia, o destaque foi para as obras de Ésquilo, Sófocles e Eurípedes. Já na comédia, o único que teve suas peças integrais reconhecidas foi Aristófanes.


•Ésquilo: primeiro dramaturgo reconhecido, ele conferiu grandeza e esplendor ao gênero tragédia. Ésquilo deu prioridade aos diálogos, aumentando de um para dois o número de atores e reduziu a importância do coro. Suas obras reconhecidas são: a trilogia Oréstia (composta por Agamenon, Coéforas e Eumênides), Os persas, Os sete contra Tebas, As suplicantes e Prometeu acorrentado.


•Sófocles: ele elevou a tragédia à perfeição artística, operando mudanças no gênero. Além de aumentar de dois para três o número de personagens, ele acrescentou mais ação às tramas e potencializou a decoração e o figurino dos atores. As obras integralmente reconhecidas de Sófocles são: Ajax, Antígona (ver Obras-primas), Edípo Rei, As traquiníanas, Electra, Filoctetes e Edipo em Colono.

•Eurípides: apesar de ser o mais popular da era helenística, ele foi o menos valorizado. Além de criar personagens mais humanos, ele inseriu temas novos e mais modernos. Entre as suas peças reconhecidas estão: Alceste, Medeia, Andrômaca, As troianas, Ifigênia em Táuride, Electra, Orestes e As tocantes. Também se conservou um drama satírico: O ciclope.

•Aristófanes: foi o dramaturgo grego considerado o maior representante da comédia grega clássica.

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Então pessoal, vamos lá,  para um rápido bate papo ?
Já ouviram falar sobre o teatro grego? Na verdade, quem já este num teatro? Sabia que na antiga Grécia, o teatro tinha uma função quase que social e política, dialogando as temáticas do dia-a-dia, dramatizando ou buscando a comicidade, para levantar questionamentos até mesmo democráticos, puts, não falo, que conversar sobre arte, acabamos sempre no viés da tal política! Então, será que continuamos assim? O teatro ainda tem esta função, despertar algum contexto social, humano, político ? 


O TEATRO BRASILEIRO

O teatro brasileiro surgiu quando Portugal começou a fazer do Brasil sua colônia (Século XVI). Os Jesuítas, com o intuito de catequizar os índios, trouxeram não só a nova religião católica, mas também uma cultura diferente, em que se incluía a literatura e o teatro. Aliada aos rituais festivos e danças indígenas, a primeira forma de teatro que os brasileiros conheceram foi a dos portugueses, que tinha um caráter pedagógico baseado na Bíblia. Nessa época, o maior responsável pelo ensinamento do teatro, bem como pela autoria das peças, foi Padre Anchieta.
O teatro realmente nacional só veio se estabilizar em meados do século XIX, quando o Romantismo teve seu início. Martins Pena foi um dos responsáveis pôr isso, através de suas comédias de costumes. Outros nomes de destaque da época foram: o dramaturgo Artur Azevedo, o ator e empresário teatral João Caetano e, na literatura, o escritor Machado de Assis.
1.1 Teatro dos Jesuítas (séc. XVI)
Nos primeiros anos da colonização, os padres da chamada Companhia de Jesus (Jesuítas), que vieram para o Brasil, tinham como principal objetivo a catequese dos índios. Eles encontraram nas tribos brasileiras uma inclinação natural para a música, a dança e a oratória. Ou seja: tendências positivas para o desenvolvimento do teatro, que passou a ser usado como instrumento de "civilização" e de educação religiosa, além de diversão. O teatro, pelo "fascínio" da imagem representativa, era muito mais eficaz do que um sermão, pôr exemplo.
As primeiras peças foram, então, escritas pelos Jesuítas, que se utilizavam de elementos da cultura indígena (a começar pelo caráter de "sagrado" que o índio já tinha absorvido em sua cultura), até porque era preciso "tocar" o índio, falando de coisas que ele conhecia. Misturados a esses elementos, estavam os dogmas da Igreja Católica, para que o objetivo da Companhia - a catequese - não se perdesse.
As peças eram escritas em tupi, português ou espanhol (isso se deu até 1584, quando então "chegou" o latim). Nelas, os personagens eram santos, demônios, imperadores e, pôr vezes, representavam apenas simbolismos, como o Amor ou o Temor a Deus. Com a catequese, o teatro acabou se tornando matéria obrigatória para os estudantes da área de Humanas, nos colégios da Companhia de Jesus. No entanto, os personagens femininos eram proibidos (com exceção das Santas), para se evitar uma certa "empolgação" nos jovens.
Os atores, nessa época, eram os índios domesticados, os futuros padres, os brancos e os mamelucos. Todos amadores, que atuavam de improviso nas peças apresentadas nas Igrejas, nas praças e nos colégios. No que diz respeito aos autores, o nome de mais destaque da época é o de Padre Anchieta . É dele a autoria de Auto de Pregação Universal, escrito entre 1567 e 1570, e representado em diversos locais do Brasil, pôr vários anos. 
Outro auto de Anchieta é Na festa de São Loureço, também conhecido como Mistério de Jesus. Os autos sacramentais, que continham caráter dramático, eram preferidos às comédias e tragédias, porque eram neles que estavam impregnadas as características da catequese. Eles tinham sempre um fundo religioso, moral e didático, e eram repletos de personagens alegóricos.
Além dos autos, outros "estilos teatrais" introduzidos pelos Jesuítas foram o presépio, que passou a ser incorporado nas festas folclóricas, e os pastoris.
1.2 Declínio do Teatro Jesuíta (Séc. XVII)
No século XVII, as representações de peças escritas pelos Jesuítas - pelo menos aquelas com a clara finalidade de catequese- começaram a ficar cada vez mais escassas. Este período, em que a obra missionária já estava praticamente consolidada, é inclusive chamado de Declínio do Teatro dos Jesuítas. No entanto, outros tipos de atividades teatrais também eram escassos, pôr conta deste século constituir um tempo de crise. As encenações existiam, fossem elas prejudicadas ou inspiradas pelas lutas da época (como pôr exemplo, as lutas contra os holandeses). Mas dependiam de ocasiões como festas religiosas ou cívicas para que fossem realizadas.
Manuel Botelho de Oliveira
Das peças encenadas na época, podemos destacar as comédias apresentadas nos eventos de aclamação a D. João IV, em 1641, e as encenações promovidas pelos franciscanos do Convento de Santo Antônio, no Rio de Janeiro, com a finalidade de distrair a comunidade. Também se realizaram representações teatrais pôr conta das festas de instalação da província franciscana da Imaculada Conceição, em 1678, no Rio.
O que podemos notar neste século é a repercussão do teatro espanhol em nosso país, e a existência de um nome - ligado ao teatro - de destaque: Manuel Botelho de Oliveira (Bahia, 1636-1711). Ele foi o primeiro poeta brasileiro a ter suas obras publicadas, tendo escrito duas comédias em espanhol (Hay amigo para amigo e Amor, Engaños y Celos).
1.3 O Teatro e o Brasil do Século XVIII  

Foi somente na segunda metade do século XVIII que as peças teatrais passaram a ser apresentadas com uma certa frequência. Palcos (tablados) montados em praças públicas eram os locais das representações. Assim como as igrejas e, pôr vezes, o palácio de um ou outro governante. Nessa época, era forte a característica educacional do teatro. E uma atividade tão instrutiva acabou pôr merecer ser presenteada com locais fixos para as peças: as chamadas Casas da Ópera ou Casas da Comédia, que começaram a se espalhar pelo país.
A Intriga - James Ensor - 1890
Em seguida à fixação dos locais "de teatro", e em consequência disso, surgiram as primeiras companhias teatrais. Os atores eram contratados para fazer um determinado número de apresentações nas Casas da Ópera, durante todo o ano, ou apenas pôr alguns meses. Sendo assim, com os locais e elencos fixos, a atividade teatral do século XVIII começou a ser mais contínua o que em épocas anteriores. No século XVIII e início do XIX, os atores eram pessoas das classes mais baixas, em sua maioria mulatos. Havia um preconceito contra a atividade, chegando inclusive a ser proibida a participação de mulheres nos elencos. Dessa forma, eram os próprios homens que representavam os papéis femininos, passando a ser chamados de "travestis". Mesmo quando a presença de atrizes já havia sido "liberada", a má fama da classe de artistas, bem como a reclusão das mulheres na sociedade da época, as afastava dos palcos.
Molière
Quanto ao repertório, destaca-se a grande influência estrangeira no teatro brasileiro dessa época. Dentre nomes mais citados estavam os de Molière, Voltaire, Maffei, Goldoni e Metastásio. Apesar da maior influência estrangeira, alguns nomes nacionais também merecem ser lembrados. São eles: Luís Alves Pinto, que escreveu a comédia em verso Amor Mal Correspondido, Alexandre de Gusmão, que traduziu a comédia francesa O Marido Confundido, Cláudio Manuel da Costa, que escreveu O Parnaso Obsequioso e outros poemas representados em todo o país, e Inácio José de Alvarenga Peixoto, autor do drama Enéias no Lácio.
1.4. Século XIX Transição para o Teatro Nacional
A vinda da família real para o Brasil, em 1808, trouxe uma série de melhorias para o Brasil. Uma delas foi direcionada ao teatro. D. João VI, no decreto de 28 de maio de 1810, reconhecia a necessidade da construção de "teatros decentes".
Na verdade, o decreto representou um estímulo para a inauguração de vários teatros. As companhias teatrais, pôr vezes de canto e/ou dança (bailado), passaram a tomar conta dos teatros, trazendo com elas um público cada vez maior. A primeira delas, realmente brasileira, estreou em 1833, em Niterói, dirigida pôr João Caetano, com o drama O Príncipe Amante da Liberdade ou A Independência da Escócia. Uma consequência da estabilidade que iam ganhando as companhias dramáticas foi o crescimento, paralelo, do amadorismo.
Theatro João Caetano - Rio de Janeiro
A agitação que antecipou a Independência do Brasil foi refletida no teatro. As plateias eram muito agressivas, aproveitavam as encenações para promover manifestações, com direito a gritos que exaltavam a República. No entanto, toda esta "bagunça" representou uma preparação do espírito das pessoas, e também do teatro, para a existência de uma nação livre. Eram os primórdios da fundação do teatro - e de uma vida - realmente nacional. Até porque, em consequência do nacionalismo exacerbado do público, os atores estrangeiros começaram a ser substituídos pôr nacionais.
João Caetano


Ao contrário desse quadro, o respeito tomava conta do público quando D.Pedro estava presente no teatro ( fato que acontecia em épocas e lugares que viviam condições "normais", isto é, onde e quando não havia este tipo de manifestação). Nestas ocasiões, era mais interessante se admirar os espectadores - principalmente as senhoras ricamente vestidas - do que os atores. Além do luxo, podia se notar o preconceito contra os negros, que não compareciam aos teatros. Já os atores eram quase todos mulatos, mas cobriam os rostos com maquiagem branca e vermelha.
  





1.5 Época Romantica (Séc. XIX) 

Joaquim Manuel de Macedo
Desde a Independência, em 1822, um exacerbado sentimento nacionalista tomou conta das nossas manifestações culturais. Este espírito nacionalista também atingiu o teatro. No entanto, a literatura dramática brasileira ainda era incipiente e dependia de iniciativas isoladas. Muitas peças, a partir de 1838, foram influenciadas pelo Romantismo, movimento literário em voga na época. O romancista Joaquim Manuel de Macedo destacou alguns mitos do nascente sentimento de nacionalidade da época: o mito da grandeza territorial do Brasil, da opulência da natureza do país, da igualdade de todos os brasileiros, da hospitalidade do povo, entre outros. Estes mitos nortearam, em grande parte, os artistas românticos desse período.

A tragédia Antônio José ou O poeta e a inquisição escrita pôr Gonçalves de Magalhães (1811-1882) e levada à cena pôr João Caetano (1808-1863), a 13 de março de 1838, no teatro Constitucional Fluminense, foi o primeiro passo para a implantação de um teatro considerado brasileiro.
Martins Pena

No mesmo ano, a 4 de outubro, foi representada pela primeira vez a comédia O juiz de paz da roça, de Martins Pena (1815-1848), também no teatro Constitucional Fluminense pela mesma companhia de João Caetano. A peça foi o pontapé inicial para a consolidação da comédia de costumes como gênero preferido do público. As peças de Martins Pena estavam integradas ao Romantismo, portanto, eram bem recebidas pelo público, cansado do formalismo clássico anterior. O autor é considerado o verdadeiro fundador do teatro nacional, pela quantidade - em quase dez anos, escreveu 28 peças - e qualidade de sua produção. Sua obra, pela grande popularidade que atingiu, foi muito importante para a consolidação do teatro no Brasil.
 
 
Época Realista Metade o Século XIX

Realismo na dramaturgia nacional pode ser subdividido em dois períodos: o primeiro, de 1855 - quando o empresário Joaquim Heliodoro monta sua companhia - até 1884 com a representação de O mandarim, de Artur Azevedo, que consolida o gênero revista e os dramas de casaca. O segundo período vai de 1884 aos primeiros anos do século XX, quando a opereta e a revista são os gêneros preferidos do público.

Arthur Azevedo

Essa primeira fase não se completa em um teatro naturalista. À exceção de uma ou outra tentativa, a literatura dramática não acompanhou o naturalismo pôr conta da preferência do público pelo "vaudeville", a revista e a paródia.

A renovação do teatro brasileiro, com a consolidação da comédia como gênero preferido do público, iniciou-se quando Joaquim Heliodoro Gomes dos Santos montou seu teatro, o Ginásio Dramático, em 1855. Esse novo espaço tinha como ensaiador e diretor de cena o francês Emílio Doux que trouxe as peças mais modernas da França da época.

O realismo importado da França introduziu a temática social, ou seja, as questões sociais mais relevantes do momento eram discutidas nos dramas de casaca. Era o teatro da tese social e da análise psicológica.

Nome de grande importância para o teatro dessa fase é o do dramaturgo Artur Azevedo (1855-1908). Segundo J. Galante de Souza ( O Teatro no Brasil, vol.1), Artur Azevedo "foi mais aplaudido nas suas bambochatas, nas suas revistas, escritas sem preocupação artística, do que quando escreveu teatro sério. O seu talento era o da improvisação, fácil, natural, mas sem fôlego para composições que exigissem amadurecimento, e para empreendimentos artísticos de larga envergadura".

Decadência e alguma anarquia

De 1900 a 1930, permaneceu com destaque a comédia de costumes, com textos muitas vezes escritos em função do intérprete a que se destinavam, e o chamado “teatro ligeiro”, também sem maior definição estilística e formal, levando críticos e historiadores a falar em “decadência”. A assinalar, apenas, o crescimento do número de empresas dramáticas que exploravam as revistas, operetas, farsas e dramas de capa e espada, e a elevação de uma consciência nacionalista, que confrontava as companhias estrangeiras que voltaram ao Brasil no pós-guerra (1918) com a instalada “comédia brasileira”.


Oduvaldo Vianna
Em São Paulo, onde o proletariado urbano crescia por obra da industrialização nascente, o teatro anarquista, influenciado por imigrantes italianos, era porta-voz das sérias lutas políticas do período (1917-1920). Mas o teatro se mantinha em geral isolado, quer dos movimentos estéticos de renovação que ocorriam na Europa e aqui repercutiam na literatura e artes plásticas (como no caso da Semana de Arte Moderna, em 1922), quer dos sérios acontecimentos políticos da recém-implantada República (1889), que a literatura refletia (como no caso de Euclides da Cunha, retratando a guerra de Canudos, ou Lima Barreto, a vida dos marginalizados).
Tentativas individuais de renovação, pelo menos temática, surgiram com Deus lhe pague, de Joracy Camargo, incorporando ideias marxistas, ou Sexo, de Renato Viana, aportando teses freudianas, ou ainda Amor, de Oduvaldo Vianna, trazendo o tema-tabu do divórcio em uma estrutura dramática já ligeiramente modificada.

Uma iniciativa pioneira digna de registro foi a de Flávio de Carvalho (1899-1977): em seu Teatro de Experiência montou O baile do deus morto (1933), que, por levantar aguda crítica ao poder e suas implicações, à moral e à religião, foi fechado pela polícia em sua terceira apresentação. Mas suas sementes frutificaram em A morta e O rei da vela (1937), de Oswald de Andrade.
À medida que o século avançava foram surgindo tentativas desenvolvimento da linguagem dramática e cênica, como as de Álvaro Moreyra (Teatro de Brinquedo – 1927), Renato Viana (Caverna Mágica – 1928 – e Teatro de Arte – 1929). Crescia a preocupação com um teatro infantil com formas específicas de texto e montagem. Fundavam-se e desenvolviam-se associações de classe, como a Sociedade Brasileira de Autores Teatrais (SBAT – 1917), a Casa dos Artistas (1914), ou entidades culturais como a Academia Brasileira de Teatro (1931) e a Associação Brasileira de Críticos Teatrais (1937).

Expandia-se cada vez mais por todo o país a atividade teatral, através de grupos amadores e formas de teatro experimental. Criou-se um órgão governamental, o Serviço Nacional de Teatro (1937). Crescia, em outros pontos do país, o número de escolas de arte dramática.

 Um Estado dito novo

Nelson Rodrigues
 Durante a ditadura civil (1937-1945) implantada no país por Getúlio Vargas, que a chamou eufemisticamente de “Estado Novo”, um grupo amador formado por profissionais liberais e personalidades da sociedade, sob direção de Brutus Pedreira e Santa Rosa, realizou a encenação que seria considerada o início da modernidade: a de Vestido de noiva (1943), de Nelson Rodrigues, com direção de Ziembinski.
Pouco depois, o eixo deslocou-se do Rio para São Paulo, onde um grupo de profissionais italianos vindos para o Brasil montou em 1946 o Teatro Brasileiro de Comédia (TBC), que, com um elenco fixo de 15 atores, alternarou montagens clássicas e comerciais, sempre tecnicamente bem cuidadas, iniciando a moderna indústria do espetáculo e contribuindo para a renovação técnica e formal do espetáculo.

Encenação de Vestido de Noiva (Nelson Rodrigues)
Dirigida por Ziembinski

Arena e Oficina

Teatro Oficina em cena, vista interior
de um espetáculo.
Mas foi com o Teatro de Arena (1953) que surgiu realmente uma nova estética, através de um Seminário de Dramaturgia, que lançou inúmeros autores novos (como Vianninha, Roberto Freire, Guarnieri, Benedito Rui Barbosa, Chico de Assis), e de um Laboratório de Interpretação, que trabalhou as características brasileiras dos personagens na cena e até incluso as possibilidades de uma leitura nacionalizada dos clássicos.

Das repercussões do Arena junto a um grupo amador de estudantes da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) surgiu o Teatro Oficina (1958), preocupado em estudar a formação cultural do país e investigar a estrutura do capitalismo e suas repercussões socioculturais, com um repertório e técnicas próprios de uma concepção antropológica.

O palco amordaçado

A esse tempo a atividade teatral era já ininterrupta em vários pontos do país. A ditadura implantada com o golpe militar que derrubou o presidente João Goulart em 1964 deixou “o palco amordaçado” (título de um livro de Yan Michalski que registra os fatos daí decorrentes), não só por obra da censura, como pelo fechamento de teatros, pelas prisões, torturas e “desaparecimento” de autores, atores e diretores. As obras que conseguiam chegar ao palco recorriam ao grotesco, à hipérbole, às metáforas, ou apenas refletiam a passividade e conformismo de um classe burguesa que se distraía com a própria reprodução degradada de seus valores.

Teatro de Arena, visto em seu interior

Fachada do prédio em quem abriga o Teatro de Arena
 
O Teatro no Brasil

Fernando Peixoto define bem a história do teatro no Brasil e no mundo em seu livro "O que é teatro", e nos traz referências de datas que ajudam entender sua trajetória no decorrer dos séculos.

 A história do teatro brasileiro dramático surgiu em 1564, coincidentemente com a data de nascimento de Willian Shakespeare, quando foi encenado o Auto de Santiago pôr missionários jesuítas, na Bahia.

No Brasil o teatro surge como instrumento pedagógico. Eram Autos utilizados para a catequização dos índios, os quais o padre Manuel da Nóbrega encomendava-os ao padre José de Anchieta.

Já no século XIX (mais ou menos 1838), o teatro fica marcado pela tragédia romântica de Gonçalves Magalhães com a peça: "O Poeta e a Inquisição" e também Martins Pena com "O juiz de paz na roça". Martins Pena com toda sua simplicidade para escrever, porém justa eficácia para descrever o painel da época, teve seguidores "clássicos" de seus trabalhos, como Joaquim Manoel de Macedo, Machado de Assis e José de Alencar.

Fernando Peixoto
19-05-1937 (Brasil / Rio Grande do Sul / Porto Alegre) 15-01-2012
(Brasil / São Paulo / São Paulo)
Foi em 1880 , em Lagos, na Nigéria que escravos brasileiros libertados deram um enorme salto no desenvolvimento do teatro, fundando a primeira companhia dramática brasileira – a Brazilian Dramatic Company .

Em 1900, o teatro deu seu grito de liberdade. Embora tenha enfrentado as mais duras crises políticas do país, conseguiu com muita luta estacar sua bandeira e marcar sua história.

De 1937 a 1945, a ditadura procura silenciar o teatro, mas a ideologia populista, através do teatro de revista, mantém-se ativa. Surgem as primeiras companhias estáveis do país, com nomes como: Procópio Ferreira, Jaime Costa, Dulcina de Moraes, Odilon Azevedo, Eva Tudor, entre outros.

Uma nova ideologia começava a surgir, juntamente com um dos maiores patrimônios do teatro brasileiro: Oswald de Andrade, que escreveu O Rei da Vela (1933), O Homem e o Cavalo (1934) e A Morta (1937), enfrentando desinibido e corajoso, a sufocante ditadura de Getúlio Vargas.

Em 1938, Paschoal Carlos Magno funda o Teatro do Estudante do Brasil. Começam surgir companhias experimentais de teatro, que estendem-se ao longo dos anos, marcando a introdução do modelo estrangeiro de teatro entre nós, consagrando então o princípio da encenação moderna no Brasil.

No ano de 1948 surge o TBC uma companhia que produzia teatro da burguesia para a burguesia, importando técnica e repertório, com tendências para o culturalismo estético. Já em 57, meio a preocupações sócio-políticas surge o Teatro de Arena de São Paulo. Relatos de jornais noticiavam que o Teatro de Arena foi a porta de entrada de muitos amadores para o teatro profissional, e que nos anos posteriores tornaram-se verdadeiras personalidades do mundo artístico.

Já em 64 com o Golpe Militar, as dificuldades aumentam para diretores e atores de teatro. A censura chega avassaladora, fazendo com que muitos artistas tenham de abandonar os palcos e exilar-se em outros países.

Restava às futuras gerações manterem vivas as raízes já fixadas, e dar um novo rumo ao mais novo estilo de teatro que estaria pôr surgir.

"...São infindáveis as tendências do teatro contemporâneo. Há uma permanência do realismo e paralelamente uma contestação do mesmo. As tendências muitas vezes são opostas, mas freqüentemente se incorporam umas as outras..." (Fernando Peixoto – O que é teatro).

As peças teatrais mais icônicas do país


Conheça, agora, as principais obras dramatúrgicas brasileiras, sucesso de público e crítica.

O Juiz de Paz na Roça

É a primeira comédia de costumes brasileiro, tem 23 atos e foi escrita por Martins Pena em 1838 — é considerada uma das melhores obras dramáticas do Brasil, com críticas sociais aos costumes do Rio de Janeiro. Sua primeira encenação nos palcos aconteceu em outubro de 1938.

 

 

 O Auto da Compadecida

De Ariano Suassuna, foi encenada para primeira vez em 1956, em Pernambuco, e dirigida por João Cândido. Seu sucesso se deu ao misturar de maneira inteligente elementos do barroco católico e da cultura popular, passando pelo cordel e pela comédia. Em 1999 virou filme e é celebrado até hoje.

O Pagador de Promessas

Escrita por Dias Gomes, teve sua estreia em 1960, no Teatro Brasileiro de Comédia, em São Paulo. Seu filme homônimo foi escrito por Anselmo Duarte e lançado em 1962 — o longa levou a Palma de Ouro no Festival de Cannes, na França.

 

 

A Partilha

Esta é a obra mais atual da lista e foi escrita e dirigida por Miguel Falabella em 1991. A comédia dramática ficou 6 anos em cartaz e foi encenada em 12 países, o que levou a uma continuação em 2000: A Vida Passa, também de autoria de Falabella.





Como pudemos perceber, o cenário teatral brasileiro possui uma história muito rica e diversa, com opções que agradam todos os gostos e idades. Apesar da forte influência europeia, principalmente francesa, aos poucos os dramaturgos encontraram sua voz e transformaram o teatro em uma arte bastante democrática.

  Boa sorte meus queridos !

Bjo pro'cês...
[Prof. rafa.]