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O Barroco : uma arte emocional...
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A Ceia de Emaús (1601), de Caravaggio |
Por isso, toda a cultura desse período, incluindo costumes, valores e relações sociais, é chamada de "barroca".
Essa época surgiu no final do Renascimento e manifestava-se através de grande ostentação e extravagância entre os grupos beneficiados pelas riquezas da colonização.
Primeiro, foi desenvolvida na Itália e logo se espalhou por outros países da Europa.
Tinha como principal característica temas religiosos. Além disso, foi
responsável por revolucionar os pensamentos sobre arte naquela época.
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Narciso (Caravaggio) - 1597–1599 |
Embora o termo Barroco seja às vezes usado no sentido negativo de super elaboração e ostentação, o século XVII não só produziu gênios excepcionais, como Rembrandt e Velásquez, mas também expandiu o papel da arte para a vida cotidiana.
Artistas chamados de barrocos acorreram à Roma, vindos de toda a Europa, para estudar as obras primas da antiguidade clássica e da Alta Renascença. Voltando à terra de origem, acrescentaram às suas obras as particularidades culturais de cada região.
Enquanto os estilos abrangiam desde o realismo italiano ao exagero francês, o elemento comum era a sensibilidade e o absoluto domínio da luz para obter o máximo impacto emocional.
As obras barrocas romperam o equilíbrio entre o sentimento e a razão ou entre a arte e a ciência, que os artistas renascentistas procuraram realizar de forma muito consciente; na arte barroca predominam as emoções e não o racionalismo da arte renascentista.
É uma época de conflitos espirituais e religiosos. O estilo barroco traduz a tentativa angustiante de conciliar forças antagônicas: Bem e Mal, Deus e Diabo, Céu e Terra, Pureza e Pecado, Alegria e Tristeza, Paganismo e Cristianismo, Espírito e Matéria.
Suas características gerais são:
- Emocional sobre o racional; seu propósito é impressionar os sentidos do observador, baseando-se no princípio segundo o qual a fé deveria ser atingida através dos sentidos e da emoção e não apenas pelo raciocínio.
- Busca de efeitos decorativos e visuais, através de curvas, contracurvas, colunas retorcidas;
- Entrelaçamento entre a arquitetura e escultura;
- Violentos contrastes de luz e sombra;
- Pintura com efeitos ilusionistas, dando-nos às vezes a impressão de ver o céu, tal a aparência de profundidade conseguida.
Arquitetura Barroca...
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O barroco amava o movimento, a curvatura das fachadas tornou-se num dos motivos característicos da arquitetura desse período.
A procura de formas complicadas, como por exemplo, a cúpula da igreja de São Lourenço, em Turim na Itália, seu entrelaçar de arcos (talvez inspirados nos exemplos árabes) leva até quase aos limites uma forma complicada, mas com base em regras bem definidas.
Outro aspecto peculiar da arte barroca é a importância do uso da luz. Para a arquitetura barroca, a luz é um elemento fundamental. Os fortes contrastes entre partes vivamente iluminadas e partes quase na escuridão, são típicos dos edifícios da época e contribuem para dar dramaticidade à atmosfera.
O barroco na França assume características mais sóbrias do que na Itália. Os arquitetos franceses lançaram as bases para um estilo autônomo mais comedido, quase clássico, que se impôs pouco a pouco como o estilo dominante na Europa.
O palácio de Versalhes talvez não seja a sua expressão máxima. A fachada do lado do jardim revela um único fator de movimento: as três pequenas galerias sobrepostas, em dois planos, à própria fachada. O recorte do palácio foi pensado, mais do que como fim em si mesmo, mas como pano de fundo para o imenso parque.
Na Áustria e na Alemanha, o barroco tanto se inspirou nos exemplos franceses como nos italianos. Dois exemplos: o palácio de Schonbrunn, em Viena segue mais o estilo francês e por sua vez a igreja Karlskirche, também em Viena acompanha mais o estilo italiano.
O barroco espanhol traz uma arquitetura repleta de ornamentações, enquanto que o francês é sóbrio e imponente. Um exemplo clássico desse estilo é a Igreja de São Tiago de Compostela.
Porém, a arquitetura barroca não se limitou aos edifícios, também alargou sua atenção aos novos campos de ação: estradas, praças e jardins. O que hoje chamamos de urbanismo. Era uma evolução que fazia parte intima do espirito do tempo, muito teatral. Por outro lado, a capacidade técnica dos mestres barrocos estava à altura de dominar os novos e complexos temas. A praça de São Pedro, em Roma, de autoria de Gian Lorenzo Bernini, é o exemplo mais conhecido do aspecto urbanístico do barroco.
E não podemos deixar de citar a fusão de diversas artes que é típico da arquitetura barroca, como: obeliscos egípcios, as fontes, as colunas adaptadas a esse estilo, as escadarias grandiosas e com aspecto de cenário, a pintura das paredes com salões com cenas arquitetônicas e naturalistas que simulam a continuação, até o infinito, da arquitetura real e as galerias – largo corredor coberto que desimpede as salas e se transformam em lugar de particular elegância.
Pintura Barroca...
As características da pintura barroca são:
- Composição assimétrica, em diagonal – que se revela num estilo grandioso, monumental, retorcido, substituindo a unidade geométrica e o equilíbrio da arte renascentista;
- Acentuado contraste de claro-escuro (expressão dos sentimentos) – era um recurso que visava a intensificar a sensação de profundidade;
- Realista, abrangendo todas as camadas sociais;
- Escolha de cenas no seu momento de maior intensidade dramática;
- A decoração em “trompe l’oeil”.
Dos principais pintores, temos:
Caravaggio (1571-1610) foi o pintor mais original do século XVII, veio injetar vida nova na pintura italiana após a artificialidade do Maneirismo. Conduziu o realismo a novas alturas, pintando corpos em estilo absolutamente “barra pesada”, em oposição aos pálidos fantasmas maneiristas. Desse modo, Caravaggio secularizou a arte religiosa, fazendo os santos parecer gente comum e os milagres, eventos do cotidiano. Embora se especializasse em grandes pinturas religiosas, Caravaggio defendia a “pintura direta” da natureza – ao que parece diretamente dos cortiços mais sórdidos. Na obra, ”Chamado de São Mateus”, por exemplo, o futuro apóstolo está numa taverna escura, cercado de homens chiques contando dinheiro, quando Cristo ordena: “Siga-me”. Um foco de luz diagonal ilumina a expressão aterrada e o gesto de perplexidade do coletor de impostos. Caravaggio usa a perspectiva de modo a trazer o espectador para dentro da ação.![]() |
Judite e Holofernes - Caravaggio (1598 e 1599) |
Diego Velázquez (1599-1660) pintor espanhol, batizado de Diego Rodriguez da Silva y Velázquez, além de retratar as pessoas da corte espanhola do século XVII, procurou registrar em seus quadros também os tipos populares do seu país, documentando o dia-a-dia do povo espanhol num dado momento da história. Usava os princípios da pintura barroca, como os efeitos luminosos são usados – não através de contrastes ásperos, mas sim com uma continua e gradual mudança de intensidade nas várias zonas da tela – para fazer da composição um jogo de anotações coloristas simbólicas, escondidas atrás de uma aparência de absoluta adesão ao tema.
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As Meninas (Velazquez) - 1656 |
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A Lição de Anatomia do Dr. Tulp (Rembrandt) - 1632 |
Escultura Barroca...
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Morte do Beato Ludovica Albertoni, da Capela Altieri, 1674 (mármore) |
Suas características são: o predomino das linhas curvas, dos drapeados das vestes e do uso do dourado; e os gestos e os rostos das personagens revelam emoções violentas e atingem uma dramaticidade desconhecida no Renascimento.
Gianlorenzo Bernini (1598-1680) foi mais que um escultor do período barroco. Foi também arquiteto, urbanista, decorador, teatrólogo, compositor e cenógrafo. Algumas de suas obras serviram de elementos decorativos das igrejas, como, por exemplo, o baldaquino e a cadeira de São Pedro, ambos na Basílica de São Pedro, no Vaticano.
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O Êxtase de Santa Teresa - Gianlorenzo Bernini - 1647–1652 |
Barroco é uma palavra originada de termo usado para classificar uma pérola irregular. No fim do século XVIII, a palavra começou a ser utilizada para classificar o estilo artístico imediatamente anterior de forma pejorativa, como algo extravagante e desarmônico. Hoje, o Barroco é considerado um mundo cultural complexo, que não só se apropria das formas clássicas com critérios e objetivos novos, como também faz parte de um sistema de vida e pensamento que detém coerência própria.
Com o barroco, veio juntar-se um novo gênero de pintura aos tradicionais, o da natureza morta, composição mais ou menos complexa com objetos da vida cotidiana: flores, livros, peças de caça e outros. É uma pintura de estúdio, de interior, na qual a representação pormenorizada do tema através das luzes e das sombras encontra o seu campo de aplicação máxima. Caravaggio é um representante importante desse tipo de pintura, assim como Jan Brueghel, o Velho e Francisco de Zurbarán.
Caravaggio teve muitos seguidores, entre estes encontra-se a italiana Artemisia Gentileschi (1593-1653) a primeira mulher a ser conhecida e apreciada como pintora. Artista extremamente talentosa, que viajava para muitos lugares e tinha uma vida cheia e independente, coisa rara para uma mulher naqueles tempos. Gentileschi pintou temas feministas no estilo de Caravaggio, jogando a iluminação nas figuras principais contra um fundo escuro, quase liso.
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ARTE MEDIEVAL
A arte medieval foi desenvolvida entre os séculos V e XV, na Europa, durante o período da Idade Média. Inserida em um contexto onde a Igreja Católica exercia grande influência, a arte medieval era essencialmente religiosa.
Sob a influência do clero católico, a arte
medieval tinha o intuito de aproximar as pessoas da religiosidade. Suas
principais produções foram no campo da arquitetura, da pintura e da
escultura.
A arte medieval se desenvolveu em um momento que a Igreja Católica influenciava, supervisionava e filtrava todas as produções científicas e culturais. Portanto, teve uma forte marca temática religiosa, com a construção de templos, igrejas, mosteiros e palácios.
Quando aplicamos nos estudos da linha cronológica da Arte, dividimos este período em: Paleocristã, Bizantina, Românica e Gótica
A maioria das obras de arte do período medieval não tem autoria definida
. Esse fato deve-se ao aspecto religioso predominante no período, no qual o
clero medieval pregava que o verdadeiro autor das obras era Deus, que,
por meio dos seres humanos, expressava suas ideias e vontades.
Contexto da arte medieval
A desestruturação do Império Romano do Ocidente contribuiu para uma transformação radical na vida cultural dos povos europeus. Com o tempo, os costumes romanos e germânicos se fundiram e deram origem ao feudalismo.
No mundo feudal, os mosteiros e as abadias se tornaram os principais centros de produção cultural
.
Os aspectos sociais, econômicos, políticos, religiosos e culturais da
sociedade passaram a ser influenciados pela Igreja Católica.
Marcada pelo teocentrismo (Deus como centro do universo), a cultura medieval foi a mais pura expressão da fé. A religião, o temor a Deus e o medo do Juízo Final, permearam a história medieval na Europa.
Os mosteiros e as igrejas eram centros difusores da religiosidade da época
.
Esses locais possuíam relíquias de santos e, alguns deles, se tornavam
locais de peregrinação. Assim, as catedrais foram importantes centros de
produção e preservação cultural entre os séculos V e XV.
Durante a Idade Média, as pessoas mais instruídas pertenciam à
Igreja Católica, que controlava grande parte das atividades artísticas,
literárias e intelectuais da época.
Assim, a Igreja detinha o
controle da leitura e da escrita como uma forma manter seu poder e
impedir que as pessoas pensassem diferente de seus dogmas.
Nesse contexto, surgiu arte na sociedade medieval, que teve dois polos dinamizadores da cultura: o feudalismo e a religião
. Assim, a arte medieval serviu a majestade do poder temporal e religioso, sendo feita para honorificar ambos.
Característica estilos da arte medieval
As principais produções artísticas do período medieval se deram no campo da arquitetura, pintura e escultura. Entre as realizações desse período, destacam-se a construção de igrejas. Dois estilos artísticos predominaram na arte medieval: o românico e o gótico.
As construções em estilo românico se desenvolveram nos séculos X, XI e XII. Suas principais características foram: arcos redondos, paredes baixas e grossas, grandes colunas, janelas pequenas e interior pouco iluminado.
Já as construções em estilo gótico predominaram do final do século XII ao século XV. Elas se caracterizaram por arcos em formato ogival, janelas maiores, paredes altas e interior iluminado.
A pintura da arte medieval, geralmente, retratava figuras religiosas e
eram feitas para ilustrar os manuscritos e murais. Na escultura se
utilizava metal, marfim e pedra para esculpir as imagens que decoravam o
interior dos templos.
Portanto, o predomínio religioso transforma o que chamamos de Arte Medieval também em um período conhecido como Idade da Fé.
Boa sorte pro'cês !
[Prof. rafa.]