...vamos continuar nossa conversa, afinal, arte, tem muito o que falar!
Hoje, daremos continuidade a Era Medieval, o que chamamos de Idade da Fé também...
Tópico de pesquisa: ARTE NA ANTIGUIDADE
A
idade da fé durou cerca de mil anos, caracterizando uma nova ordem na
linguagem cultural. Trazendo com protagonismo o imenso poder econômico,
político e cultural da Igreja e seus fundamentos, marca a vida dos povos
da Idade Média. Várias escolas, movimentos e estilos artísticos
aconteceram neste longo período: a Arte Bizantina, a Arte Românica e a
Arte Gótica, são os principais.
ARTE ROMÂNICA
(Séc. XI e XII)
A
Arte Românica faz referência a um estilo que
surgiu durante a Idade Média, mais precisamente na Alta Idade Média
(entre os séculos XI e XII).
O termo românico para indicar a arte surgida durante a Alta Idade Média
na Europa Ocidental foi empregada, pela primeira vez em 1824, pelo
arqueólogo francês De Caumont, e logo imediatamente adotada. A palavra
pretendia exprimir de maneira sintética dois conceitos: a semelhança
entre o processo de formação das línguas “romanço” (espanhol, francês,
italiano, entre outros) construídas pela mistura do latim vulgar aos
idiomas dos invasores germânicos e o das artes figurativas, realizadas,
nos mesmos países e mais ou menos ao mesmo tempo, através da ligação de
tudo que restava da grande tradição artística romana com as técnicas e
tendências bárbaras e, segundo o conceito, a suposta aspiração desta
nova arte de se ligar à da Antiga Roma.
O estilo românico destacou-se na arquitetura, pintura e escultura.
Embora tenha tido maior relevância na arquitetura das construções
religiosas.
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Igreja Notre-Dame la Grande de Poitiers, França |
ARQUITETURA
Com a instituição da fé católica romana,
uma onda de construção de igrejas varreu a Europa feudal de 1050 a
1200. Os construtores tomaram elementos da arquitetura romana, como
colunas e arcos redondos. No entanto, como os prédios romanos tinham
tetos de madeira, fáceis de incendiarem, os artesãos medievais passaram a
fazer os tetos das igrejas com abóbadas de pedra. Abóbadas essas que
podiam ser cilíndricas ou com arestas apoiadas em pilastras o que
resultava em grandes espaços, livres de colunas e obstáculos.
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Basilica de Santo de Antonio de Pádua – Pádua, Itália. |
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Nesse período a peregrinação estava
muito em moda e a arquitetura das igrejas era adequada para receber as
multidões de visitantes. A sua planta cruciforme, com longa nave
atravessada por um transepto mais curto, simbolizando o corpo de Cristo
crucificado. As arcadas permitiam aos peregrinos andar pelos corredores
sem atrapalhar os serviços religiosos na nave central. O “chevet”
travesseiro em francês é a parte atrás do altar, capelas semicirculares
onde se guardam os relicários.
O exterior das igrejas românicas é bastante despojado, exceto pelos relevos esculturais em volta do portal principal.
As características mais significativas da arquitetura românica são:
- abóbadas em substituição ao telhado das basílicas;
- pilares maciços e paredes espessas;
- aberturas raras e estreitas usadas como janelas;
- torres que aparecem no cruzamento das naves ou na fachada;
- arcos em 180 graus.
A primeira coisa que chama a atenção nas
igrejas românicas é o seu tamanho. Elas são sempre grandes e sólidas.
Daí serem chamadas: fortalezas de Deus. A explicação mais aceita para as
formas volumosas, estilizadas e duras dessas igrejas é o fato da arte
românica não ser fruto do gosto refinado da nobreza nem das ideias
desenvolvidas nos centros urbanos, é um estilo essencialmente clerical. A
arte desse período passa, assim a ser encarada como uma extensão do
serviço divino e uma oferenda à divindade.
Na Itália, diferente do resto da Europa, as construções não apresentam formas pesadas, duras e primitivas.
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Abadia de Saint Etienne – Nevers, França. | |
PINTURA
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Pantocrator – Imagem medieval de Cristo Igreja de São Miguel, Hildesheim, Alemanha. |
Na Idade Média, as várias atividades
artísticas não eram consideradas independentes entre si. Pelo contrário,
elas contribuíam para as realizações e decorações daquele que era a
obra fundamental, a grande igreja com que a comunidade exaltava o
verdadeiro Criador.
Numa época em que poucas pessoas sabiam
ler, a Igreja recorria à pintura e à escultura para narrar histórias
bíblicas ou comunicar valores religiosos aos fiéis. Não podemos
estudá-las desassociadas da arquitetura.
Embora muitos edifícios fossem
construídos aproveitando as propriedades decorativas da pedra ou dos
tijolos, a decoração colorida, obtida com os afrescos ou então, com os
mosaicos, era uma decoração que procurava efeitos impressivos, que amava
as cores vivas e os desenhos fortemente caracterizados. Tais
ornamentações, profusas sobre as paredes das igrejas, revestiam, por
vezes, outras partes do edifício.
Por isso, a pintura românica
desenvolveu-se sobretudo nas grandes decorações murais, através da
técnica do afresco, que originalmente era uma técnica de pintar sobre a
parede úmida.
Os motivos usados pelos pintores eram de
natureza religiosa. As características essenciais da pintura românica
foram a deformação e o colorismo. A deformação, na verdade, traduz os
sentimentos religiosos e a interpretação mística que os artistas faziam
da realidade.
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Frontal de São Quirino e Santa Julia Museu de Arte da Catalunha, Barcelona. |
A figura de Cristo, por exemplo, é sempre maior do que as
outras que o cercam. O colorismo realizou-se no emprego de cores
chapadas, sem preocupação com meios tons ou jogos de luz e sombra, pois
não havia a menor intenção de imitar a natureza.
A técnica da decoração com mosaico, isto
é, pequeninas pedras, de vários formatos e cores, que colocadas lado a
lado vão formando o desenho, conheceu seu auge na época do românico.
Usado desde a Antiguidade, é originária do Oriente onde a técnica
bizantina utilizava o azul e dourado, para representar o próprio céu.
ESCULTURA
A escultura românica, embora sempre de uma imaginação excepcional, está ao serviço da arquitetura.
A escultura surge, principalmente, para
decorar os elementos principais dos edifícios. Decoração essa, que já
não é entendida como fim em si mesma, mas sim com o objetivo didático,
para instruir os que a veem.
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Catedral de São Tiago de Compostela,Espanha |
Por exemplo, na porta das igrejas a área
mais ocupada pelas esculturas era o tímpano, nome que recebe a parede
semicircular que fica logo abaixo dos arcos que arrematam o vão superior
da porta.
As esculturas eram imitação de formas rudes, curtas ou alongadas, ausência de movimentos naturais.
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Tímpano da porta principal da Catedral de São Tiago de Compostela, Espanha. |
ILUMINURAS
Com quantidade grande de saqueadores
devastando as cidades do antigo império Romano, os monastérios eram tudo
que restavam entre a Europa Ocidental e o caos. Monges e freiras
copiavam manuscritos, mantendo vivas a arte da ilustração em particular e
a civilização ocidental em geral.
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Iluminura sobre pergaminho Ano de 1200 Biblioteca da Catedral de Esztergon |
Nessa época, os rolos de papiro usados
no Egito e Roma foram substituídos pelos códices de pergaminho de pele
de boi ou de carneiro, feitos de páginas separadas unidas por uma das
extremidades. Os manuscritos eram considerados objetos sagrados que
continham a palavra de Deus e tinham desenhos inseridos nos escritos,
sempre de grande beleza, da qual originou o nome de Iluminuras, ou seja,
iluminavam os textos.
Eram profusamente decorados, de maneira
que sua beleza exterior refletisse a sacralização do conteúdo. Tinham
capas de ouro cravejadas com pedras preciosas e semipreciosas. Até o
desenvolvimento da tipografia, no século XV, esses manuscritos eram a
única forma existente de livros, preservando não somente os ensinamentos
religiosos, mas também a literatura clássica.
ATIVIDADES
Olá pessoas, a atividade de hoje, é simples!
Consiste em criar (em folha sulfite - A4 -, ou no caderno de desenho), a representação em iluminura da primeira letra de seu nome!
Logo abaixo, vou dispor de uma imagem com todas as letras do
alfabeto, como exemplo dos quais podem seguir!
Lembrem-se de usar a folha toda!
DATA DE ENTREGA: 19/06/2020
DIVIRTAM-SE !!
Por hoje é só;
bjo pro'cês...
[rafa.]