...e ae pessoas ! Bom pro'cês?
Então, bora recuperar o tempo perdido !!!
Segue um textinho resumido pra ajudar um pouquinho no simulado de recuperação !!
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A arte contemporânea é uma tendência que originou-se como desdobramento - e superação - de manifestações artísticas modernas. Por conta disso, pode ser chamada também de arte pós-moderna.
Surgida na segunda metade do século XX, essa vertente constitui uma nova forma de produzir e apreciar arte, sendo produzida até os dias de hoje.
Mais preocupada em aliar a vida cotidiana ao universo artístico, a arte contemporânea tende a unir diferentes linguagens.
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A artista contemporânea Yayoi Kusama, de origem nipônica, posa em frente a uma de suas obras |
...e arte contemporânea conta que...
...começa a dar frutos a partir de movimentos como a pop art e o minimalismo, que tiveram como solo fértil os EUA na década de 60.
Nesse momento, o contexto que se vivia era do pós-guerra, do desenvolvimento tecnológico e do fortalecimento do capitalismo e da globalização.
Assim, a indústria cultural, e consequentemente a arte, sofreram grandes transformações que deram as bases para o surgimento do que hoje chamamos de arte contemporânea.
Esse novo fazer artístico começa a valorizar mais as ideias e o processo artístico em detrimento da forma final ou do objeto, ou seja, os artistas passam a buscar o estímulo a reflexões sobre o mundo e sobre a própria arte. Além disso, empenham-se em aproximar a arte da vida comum.
Nesse sentido, a pop art com seus expoentes Andy Warhol, Roy Lichtenstein e outros artistas, cria um cenário cultural propício para a arte contemporânea.
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A pop art pode ser considerada um "estopim" para arte contemporânea. Aqui, obra de Andy Warhol, Marilyn Monroe (1962) |
Isso porque essa vertente via na cultura de massas seu suporte fundante, utilizando histórias em quadrinhos, publicidade e até mesmo celebridades como material de criação, aproximando o público do universo artístico.
Da mesma forma, o minimalismo e pós-minimalismo (no fim dos anos 50 e nos anos 60) oferecem a oportunidade para se pensar a união entre linguagens como a pintura e a escultura, assim como a utilização do espaço de maneira inovadora, seja ele o ambiente da galeria, os espaços públicos urbanos ou em meio à natureza.
Posteriormente, novos desdobramentos ocorreram e possibilitaram o surgimento de outras formas de expressão, como performances, videoarte, instalações e outras.
CARACTERÍSTICAS...
A arte contemporânea, por estar inserida em um mundo com grande fluxo de informações e inovações tecnológicas e midiáticas, se utiliza desses recursos como forma de comunicação.
Além disso, quebra as barreiras no que diz respeito às linguagens da arte, unindo tipos diversos de fazer artístico em uma obra, afastando-se dos suportes tradicionais.
Essa é uma tendência que valoriza a aproximação entre a arte e a vida, muitas vezes trazendo reflexões de âmbito coletivo, aliando política e imaterialidade. Traz ainda novas personagens e assuntos, como por exemplo a questão racial, patriarcado, questões de sexualidade e gênero, desigualdades e outras.
Herdando o espírito contestador dos dadaístas, a arte contemporânea tem ainda a preocupação de investigar a si mesma, carregando indagações sobre conceitos artísticos e fomentando a velha pergunta "Afinal, o que é arte?".
Outra característica interessante é a valorização da interação entre o público e a obra, muitos artistas optam por caminhos em que buscam proporcionar uma experiência única nas pessoas que entram em contato com as obras.
Arte Contemporânea no Brasil
Normalmente as novas vertentes artísticas tendem a aparecer no Brasil depois de certo tempo em que já estão ocorrendo em outros lugares, como Europa e EUA, basicamente. Entretanto, no caso da arte contemporânea, esse espaçamento de tempo não foi tão grande.
Em terras brasileiras, pode-se dizer que esse tipo de arte tem início com os neoconcretistas, que fundam um Manifesto Neoconcreto em 1959. Os responsáveis pelo documento foram Amilcar de Castro (1920-2002), Ferreira Gullar (1930-2016), Franz Weissmann (1911-2005), Lygia Clark (1920-1988), Lygia Pape (1927-2004), Reynaldo Jardim (1926-2011) e Theon Spanudis (1915-1986).
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Obra integrante da série Bichos, de Lygia Clarck, produzida entre 1960 e 1964 |
Outro nome fundamental para a arte contemporânea nacional é Hélio Oiticica (1937-1980), que ganhou inclusive projeção fora do país.
Um grande momento também de efervescência da arte brasileira contemporânea foi marcado pela exposição Como vai você, Geração 80?, realizada no Rio de Janeiro, no Parque Lage em 1984.
A mostra reuniu 123 artistas e teve como objetivo mapear produções variadas da época. Participaram artistas que se tornaram referências, como Alex Vallauri (1949-1987), Beatriz Milhazes (1960), Daniel Senise (1955), Leda Catunda (1961) e Leonilson (1957-1993).
As Bienais Internacionais de São Paulo são também grandes centros culturais que apontam resultados e experimentações no território artístico brasileiro.
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ARTE MODERNA NO BRASIL
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No Brasil, o movimento modernista surgiu posteriormente às vanguardas europeias. Aqui, o período decisivo para sua consolidação foi a década de 20, com a Semana de Arte Moderna. Entretanto, já havia artistas realizando obras com características modernas alguns anos antes.
HISTÓRICO
O que o
país vivia no início do século XX era de crescimento, progresso,
industrialização e a chegada de muitos imigrantes, que vinham de diversas
partes do mundo para reconstruir a massa trabalhadora depois da abolição da
escravatura.
Era um momento de fortalecimento do capitalismo e portanto os conflitos sociais também se acirravam. Houve, por exemplo, greves de imigrantes operários organizados por movimentos anarquistas em busca de melhores condições de vida.
Assim, começa a surgir a necessidade de um novo tipo de arte que transmita os anseios vigentes e as esperanças no futuro.
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Bananal (1927), de Lasar Segall |
Paralelamente a isso, já ocorria na Europa uma busca pela experimentação e ruptura das tradições. Então, alguns artistas brasileiros entraram em contato com essa agitação em terras estrangeiras e trouxeram um frescor artístico e o empenho em implementar uma arte nova por aqui, com inspiração nas vanguardas europeias.
Nomes essenciais nesse momento foram Lasar Segall (1891-1957) e Anita Malfatti (196-1964), que podem ser considerados os precursores da arte moderna no país, realizando exposições ainda nos anos 10.
Importante dizer que a arte de Anita foi duramente criticada e mal compreendida por boa parte da intelectualidade brasileira, sobretudo por Monteiro Lobato. Já Lasar Segall, por ser de origem estrangeira (Lituânia), não sofreu grandes críticas.
SEMANA DE ARTE MODERNA
Com toda essa movimentação, outros artistas também estavam explorando novos rumos na arte e na literatura.
Assim, eles decidem organizar uma espécie de "festival", onde apresentam suas mais novas produções. Dessa forma nasce a "Semana de Arte Moderna", ou "Semana de 22", como também ficou conhecida.
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Caderno de apresentação da Semana de Arte Moderna de 1922 |
O evento fez parte das comemorações dos cem anos de independência do Brasil, em 1922, e foi realizado no Theatro Municipal de São Paulo, de 13 a 18 de fevereiro desse mesmo ano.
A intenção dos artistas era trazer novidades e desafiar os padrões vigentes da arte, ainda muito conservadora e atrelada aos valores do século XIX.
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Os Modernistas - registro de 1922 |
Essa foi uma mostra que exibiu aproximadamente 100 obras de arte e contou com apresentações literárias e musicais. A ideia da Semana, na realidade, foi inspirada pelo evento francês Semaine de Fêtes de Deauville e contou com o apoio de Paulo Prado, um mecenas que conseguiu suporte financeiro com barões do café.
PRINCIPAIS REPRESENTANTES DA ARTE MODERNA NO BRASIL:
Foram vários os artistas que contribuíram para para a consolidação da arte moderna no Brasil, tanto nas artes plásticas quanto na literatura. Além dos pintores Anita Malfatti e Lasar Segall, que já estavam à frente nesse tipo de arte, tivemos:
Vicente do Rego Monteiro (1899-1970) - O pintor é um dos primeiros a explorar a estética cubista com temas característicos do Brasil, como mitos indígenas.
Victor Brecheret (1894-1955) - um dos maiores nomes da escultura no Brasil. Teve influência de Auguste Rodin e suas obras tinham elementos expressionistas e cubistas.
Tarsila
do Amaral (1886-1973)
- pintora e desenhista. Não participou da Semana de Arte Moderna porque estava
na França participando de uma exposição. Entretanto, teve papel fundamental no
movimento modernista denominado Antropofagia.
Manuel
Bandeira (1886-1968)
- escritor, professor e crítico de arte. Sua produção literária trazia inovações
na forma de se expressar e à principio questionava os poetas parnasianos. O
poema Os sapos foi declamado na Semana de Arte Moderna.
Mario de Andrade (1893-1945) - escritor marcante da primeira geração de
modernistas no Brasil. Sua produção valorizava a identidade e cultura nacional.
Oswald de
Andrade (1890-1954)
- escritor e dramaturgo. Uma das figuras centrais no modernismo literário, com
um estilo irreverente e ácido, revisitando as origens do Brasil de forma
questionadora.
Graça
Aranha (1868-1931)
- escritor e diplomata. Ajuda a fundar a Academia Brasileira de Letras e tem
papel fundamental na Semana de Arte Moderna.
Menotti
Del Picchia
(1892-1988) - escritor, jornalista e advogado. Em 1917 publica o romance Juca
Mulato, sua obra prima, considerada pré-modernista. Participa em 1922 da
Semana de Arte Moderna, coordenando a segunda noite do evento.
Villa
Lobos (1887-1959)
- compositor e maestro. Um dos maiores músicos brasileiros, com grande
reconhecimento internacional também. Sua estreia foi na Semana de Arte Moderna,
onde sua obra não foi compreendida pelo público.
Guiomar
Novaes (1895-1979)
- pianista. Também participou da Semana de 22 e foi rechaçada na época.
Entretanto construiu forte carreira no exterior e foi uma grande propagadora da
música de Villa Lobos.
BOA SORTE !
Bjo pro'cês...
[Prof. rafa.]
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